domingo, 2 de março de 2014

Resenhas de 2 filmes com muita história pra contar!

Caçadores de obras-primas

Começa alimentando o déjà vu. George Clooney e Matt Damon  lideram um grupo marginal de pessoas, num plano mirabolante: desta vez, recuperar obras de arte roubadas pelos nazistas. A montagem rápida de cenas na escalação da eclética equipe (Bill MurrayJohn Goodman e Jean Dujardin entre os integrantes) é finalizada com a imagem da maquete de um Museu de Hitler (nos filmes de assalto seria como a clássica planta do local a invadir, do golpe a ser executado).
Este início deixa claro que o roteirista/diretor Clooney está jogando conscientemente com a memória imediata das pessoas para sugerir que Caçadores de Obras-Primasseria como um Onze Homens e um Segredo na Segunda Guerra Mundial. Não é o que nos entregam, porém. Falta ao filme a aventura e a malícia da cinessérie de Steven Soderbergh e sobram boas intenções. Clooney termina flertando mais com os filmes de guerra solenes de Steven Spielberg - trilha à moda John Williams, fusões, sentidos atribuídos na narração em off, aspirações fordianas - do que propriamente com os thrillers ambíguos que são sua especialidade.
"Agora fiquei deprimido", diz o britânico do grupo depois de um dos discursos motivacionais do personagem de Clooney. O que vemos em Caçadores de Obras-Primas é mais um filme-memorial, uma tour póstuma em meio a muitos destroços - a começar pelo desembarque na Normandia em julho de 1944, um mês depois do histórico Dia D - e pouco espólio de fato, o que dá aos personagens principais muitos minutos de sobra para refletir sobre as consequências da guerra, enquanto olham embasbacados, em close-up, a cada pintura renascentista recuperada.
A impressão que fica é que Clooney não está necessariamente disposto a fazer um filme moral, mas antes a embalar a História e conservá-la segura, como uma tela guardada num acervo. Assim como não se discute o que é arte em Caçadores de Obras-Primas (o especialista identifica uma tela legítima não pela pintura em si, mas pelo selo do colecionador, sua identidade de mercado), a guerra e seus fatores também surgem no filme como dados prontos e imutáveis (o vilão nunca se renderá no interrogatório, o mocinho nunca vai trair a esposa etc).
Há muito o que lamentar no Holocausto, sem dúvida. Mas ao escolher o caminho da museologia, Clooney conta uma história fascinante da forma mais óbvia - e francamente aborrecida - possível.

OPINIÃO DA BLOGUEIRA:
Ao contrário de muitas críticas sobre esse filme, o que me motivou a assistir foi o período em que o mesmo se encontra - Nazismo (Hitler e o holocausto) - não é apenas o ''filme'' e sim a história por traz dele.
''Salvar'' obras-primas que foram roubadas de museus do mundo por Hitler foi o que mais me chamou a atenção. Resgatar a história em forma de esculturas e pinturas é a forma em que a ''nação'' encontrou de ''devolvê-las'' a seus respectivos lugares de origem.
A maneira em que eles encontram as obras, o percurso que enfrentam, a dor deperder ''soldados'' na luta de preservar a história e etc.
Apesar de não ter tido muita ação, as informações sobre obras e esculturas me chamaram a atenção. Eu particularmente, gosto de aprender coisas novas ao assistir filmes e ler livros, tudo é válido.
Então, eu recomendo que assistam! É esclarecedor e fala da importância histórica que essas obras têm.

A menina que roubava livros
Não vou me estender muito porque já resenhei o livro, então só darei minha opinião.
OPINIÃO DA BLOGUEIRA:
Recomendo esse filme porque me emocionou do inicio ao fim.
O desenrolar da história é interessante e também possui fatos históricos do Nazismo. 
A fotografia do filme é linda e a história, mais ainda. As cenas que me chamaram mais a atenção e me emocionaram foi quando Lizzi apaixonou-se pela leitura sem ao menos saber ler, o modo em que os livros foram queimados em plena praça em sinal de nazismo e o simbolismo que representou a queima dos mesmos - a proibição da informação que retrata a ''submissão'' e alienação do povo alemão - a aceitação de ser adotada por pais alemães, o valor da amizade e o amor pelo aprendizado.
Recomendo a leitura do livro e que assistam o filme.
PS.: Ainda não o lí, mas como relatei no inicio do ano, ele está na minha lista. Concerteza lerei!